Inovação tecnológica que transforma vidas.


Um aparelho chamado “Rapha” para cura de feridas em diabéticos.

Um aparelho chamado “Rapha” para cura de feridas em diabéticos.
Rapha

Uma notícia que me deixou bastante animado e pode animar você também, afinal, quem não gosta de uma boa invenção que ajude pessoas? Saiu uma reportagem sobre a professora e pesquisadora Suélia Rodrigues, da Universidade de Brasília (UnB), que desenvolveu um aparelho chamado Rapha, destinado a acelerar a cicatrização de feridas em pessoas com diabetes, para evitar amputações, especialmente nos casos de “pé diabético”.

🎯Primeiramente, vamos entender o que é o Rapha e para quem ele é indicado.

O Rapha é um dispositivo médico criado para tratar feridas de difícil cicatrização em pessoas diabéticas, feridas que são um dos grandes riscos da diabetes, que em muitos casos não cicatrizam bem, e podem culminar em complicações graves, como amputações.
A motivação veio do lado pessoal: Suélia Rodrigues conta que acompanhou o pai sofrendo com feridas que não cicatrizavam, o que a inspirou a unir ciência e acima de tudo, empatia.

Suéli Rodrigues
Inventora do RAPHA

🧪 Como funciona: o “truque” por trás da cura mais rápida

O aparelho se compõe de dois elementos principais:

  1. Curativo de látex natural
    O dispositivo usa uma lâmina de látex natural que é extraída da seringueira, que é aplicada sobre a ferida. Esse material estimula a formação de novos vasos sanguíneos — ou seja, melhora o suprimento de sangue à região afetada, fator chave para cicatrização.
  2. Emissor de luz de LED*
    Um emissor de luz de LEDs*, que é de baixo custo em comparação com o Lazer, é aplicado sobre o curativo ou junto com ele, por cerca de 30 minutos após a limpeza da ferida. Essa luz ativa células da pele, acelerando o processo de cicatrização. O curativo permanece no local por 24 horas e é trocado conforme orientação médica.

O diferencial: o tratamento é não invasivo, relativamente simples e de baixo custo — o que o torna promissor para forte escala, inclusive em redes públicas de saúde.

A engenheira eletrônica Yasmin Lobo (de azul, ao centro) ao lado da professora Suélia Rodrigues (direita), acompanhadas das enfermeiras Marlene de Souza (na ponta, à direita) e Leila Souza, ao lado do professor de enfermagem da UnB Gustavo de Lima, no Hospital Regional de Ceilândia. Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB

🌍 Por que isso importa — para o Brasil e além

Alguns pontos que chamam bastante atenção:

  • Pacientes com diabetes têm risco elevado de complicações como feridas crônicas, infecções, amputações. Qualquer avanço que reduza esse risco é não só um ganho médico, mas um ganho social e econômico, tendo como resultado, menos dias de internação e menos procedimentos complexos.
  • A solução foi desenvolvida no Brasil (pela UnB), o que é super positivo para o ecossistema de inovação nacional — mostra que temos pesquisadores, ciência aplicada e vontade de resolver problemas locais.
  • A promessa de “baixo custo + não invasivo” é essencial: tecnologias sofisticadas existem, mas frequentemente são caras ou inacessíveis. Um aparelho que possa ser incorporado no sistema público (Sistema Único de Saúde – SUS) faz toda a diferença. A matéria menciona justamente isso: o Rapha está “prestes a chegar aos hospitais e ao SUS”.

🔍 O que falta / os desafios que ainda existem

Apesar de todo o otimismo, existem alguns “poréns” que vale ter em mente — nada assustador, apenas realista:

  • O aparelho já recebeu o selo de segurança do Inmetro, o que é importante.
  • Porém, inda aguarda o registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para produção em larga escala.
  • A produção será realizada pela empresa Life Care Medical e o projeto conta com apoio de entidades públicas (CNPq, CAPES, FAPDF) e emendas parlamentares.
  • Ainda são necessárias avaliações de custo-benefício a longo prazo, estudos de eficácia em escala real (além de laboratório), avaliação de adoção por profissionais de saúde, logística de distribuição em rede pública, treinamento de uso, acompanhamento de resultados.
  • Mesmo sendo “baixo custo”, numa rede pública qualquer investimento requer orçamento, capacitação, manutenção, e isso pode gerar entraves.
Luzes de led
Luzes de LED

✅ Em resumo

O Rapha representa uma ponte entre inovação científica e cuidado humano — um exemplo de “tecnologia com alma”. A solução da Suélia Rodrigues e equipe pode ajudar milhares de pessoas que vivem com diabetes e complicações de feridas que demoram a cicatrizar — oferecendo uma oportunidade concreta de evitar amputações. Além disso, se bem implementada, pode aliviar parte da carga do sistema de saúde pública.

“Quando a ciência encontra a urgência humana, nasce uma invenção como o Rapha – que não apenas trata feridas, mas dá esperança.”

Diodos emissores de luz
Leds

*
LED: Sigla de Light Emitting Diode ou, diodo emissor de luz.

Se quiser saber mais sobre esses componentes, deixe um comentário.

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